Prepare-se para o Futuro

Genésio Francisco Guariente

Ouvi alguém dizer que escrever é fácil e dar sugestões é mais fácil ainda! Mas em decorrência dos novos tempos e com as várias ferramentas tecnológicas à nossa disposição e as que ainda são inimagináveis, temos que nos preocupar e buscar melhorar os nossos conhecimentos em qualificações técnicas e, como disse Alvin Toffer (escritor e futurólogo norte-americano): “Os analfabetos do século XXI, não serão aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusam a aprender, reaprender e voltar a aprender”. Entretanto, a maioria de nós pode até estar assustado com as tecnologias avançadas que estão surgindo e nos esquecemos de investir em treinamentos básicos que podem valer mais do que essa tão propalada “inteligência artificial”. No processo pelo qual passa a economia brasileira que entra governo e sai governo enchendo-nos de esperanças, penso que a nossa chance é continuar acreditando em nossos negócios e procurar encontrar os melhores caminhos que, se são tortuosos, o nosso mercado ainda sobreviverá por alguns anos na forma tradicional. O que fazer? De há muito venho sugerindo, de forma bem simples, que será imperioso promover amplo processo na busca de adequação às novas perspectivas de mudanças de mercado. Mas, entretanto, a base continua sendo a de dominar o processo de gestão, tanto na parte administrativa como e, principalmente, na parte financeira. O fato é que a tecnologia cada vez mais avançada está a exigir a busca de conhecimentos dos mais elementares e, para isso, as instituições como o SENAC, SEBRAE e o SINCOPEÇAS-PR, em parceria, podem oferecer todas as condições para estabelecer cursos específicos, básicos, para o nosso segmento de autopeças, partindo do menor dos empresários a fim de enriquecer os fundamentos necessários para uma administração mais à mão e, por assim dizer,  sustentável. Isto é para dar fôlego e entender melhor o que vem por aí. Os empresários de pequenas e médias empresas que, em sua maioria, como já escrevemos, mesmo que sejam grandes conhecedores de peças automotivas, possivelmente ainda podem estar necessitando de apoio nesse sentido. Não adianta mais fazer o que sabemos fazer bem, mas temos que ir atrás para nos imbuirmos da necessidade de novos aprendizados; buscar nova roupagem para os negócios! Muitas vezes nos vemos encurralados diante da necessidade de mudanças, porém ficar à mercê de absorvermos apenas o dia a dia sem buscar visualizar conhecimentos para as exigências de um futuro tão próximo e ficar imaginando ainda que o amanhã resolveremos os problemas quando chegarem, quem sabe não será o melhor caminho. Repetimos: quando insistimos nessas citações é porque vejo as pequenas e médias empresas não planejarem de forma constante os treinamentos e/ou são reticentes aos convites quando os disponibilizamos a fim de se prepararem cada vez mais na busca de melhorar a sua qualificação profissional e a de seus colaboradores. Precisamos falar a mesma língua. Não me refiro a treinamentos esporádicos, mas àqueles de forma constantes: aprimoramento. Ai vem a questão: Como procurar soluções quando a empresa está lutando com a queda de venda, com a  margem de contribuição cada vez mais apertada (não é a margem obtida do custo sobre a venda, ou seja, o usual:  compra por 100 e vende por 140,00 ou 150,00 (cujo raciocínio é o que prevalece na maioria das pequenas empresas),   mas o que se deve saber é por que faz isso? Qual é o resultado final disso? Pensar que está ganhando 40,00 ou 50,00, não condiz com a realidade final da operação. Portanto, se o empresário tiver dúvidas de entendimento desse simples detalhe é aí que ele tem que buscar os conhecimentos básicos a que nos referimos anteriormente. Vender é preciso, mas saber as consequências se positivas ou negativas dessa venda é imperioso para o desenvolvimento dos negócios, ou seja, ter clareza sobre o que está fazendo; os números claros não nos enganam! A receita é buscar referências do que funciona, como funciona e ter autonomia de gestão administrativa e financeira, a fim de aplicar medidas da melhor maneira que mais convier à empresa. Trabalhar no “escuro" sem o domínio de todos os movimentos funcionais será o mesmo que estar no comando de uma embarcação apenas movida pelo vento, sem direção, sem saber para onde está indo. Acredito que mais do que nunca, ter o apoio de escritório de contabilidade competente que exerça o papel de consultoria é incondicional neste momento. e não mais aquele que simplesmente lança os documentos que lhes chegam às mãos por exigência da lei, sem o critério orientativo. Hoje esse escritório de contabilidade a que me refiro, tem que ser olhado pelo empresário como membro ativo do sistema operacional da empresa para dividir com ele os melhores caminhos a seguir nos aspectos administrativos. Certamente, poderá valer o investimento! Portanto, não pergunte quanto custa essa contabilidade consultiva, mas quais tipos de serviços orientativos ela pode fornecer, de forma absoluta como parceiro, como aliado do negócio! Bons negócios a todos!