
MUDAR...
Estamos caminhando para fechar mais um ano em nossa caminhada e, certamente cada um de nós, seja empresário, colaborador ou mecânico, quer se possível, apagar de suas memórias todas as expectativas ou acontecimentos reais que se nos afiguraram em 2021!
Quero, antes de quaisquer outros comentários, aproveitar para homenagear e parabenizar os nossos VALOROSOS MECÂNICOS EM SEU DIA 20 DE DEZEMBRO que, certamente, fizeram a diferença, contribuindo, sobremaneira, com os seus trabalhos, ajudando o segmento automotivo a superar os obstáculos causados por esta nefasta pandemia COVID 19.
Dizem que daqui à frente as coisas não serão mais as mesmas! O que será, efetivamente, que mudarão? Será que nós vamos, todos nós, empresários ou colaboradores mudar a nossa memória, o nosso comportamento, como se apenas trocássemos de roupa? Ou vamos encarar: novas atitudes, novos posicionamentos, novas perspectivas, usando as ferramentas que a tecnologia se nos estão obrigando a transformar, quem sabe, todos os conceitos até então utilizados?
Há uma música muito cantada e conhecida por todos nós, no réveillon: “Feliz ano novo que tudo se realize num mundo que vai nascer, muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender”.
Mas, na verdade, caberá a cada um de nós, a predisposição de tomar atitudes para que se realize o que pretendemos buscar, contando ainda com uma série de fatores alheios à nossa vontade!
A caminhada de um empresário ou de um trabalhador será mais desafiadora, diariamente, e, muitas vezes, e, por isso, a repetição das mesmas atitudes até então utilizadas, é, possível, que não serão suficientes para impor às novas realidades. Vale para todos os integrantes da cadeia de distribuição de peças ou nas reparações de veículos. O grande desafio será o de buscar melhorar sempre as condições profissionais e os processos utilizados.
Vem ai um novo ano, com perspectivas difíceis, inflação alta que estávamos desacostumados a conviver e, novamente, custos financeiros altíssimos, para quem seja tomador de recursos na manutenção de seus negócios.
Quer me parecer que os empresários, daqui à frente, não podem mais se dar ao luxo de se guiar somente pelos instintos, pelas manifestações rápidas de sua imaginação, mas de um planejamento seguro, levando em conta não somente o quantitativo, os números apurados, mas, principalmente, visualizar o possível cenário que se avizinha e a importância de basear as suas decisões em informações internas e externas. O que está certo ou errado na empresa?
Sempre vem uma pergunta: O que me faz pensar que os bons resultados obtidos no ano em curso vai se repetir no próximo ano?
Afinal, o que deve ser analisado? Por exemplo, de que forma, quais meios foram utilizados, e em quais segmentos foram feitos os negócios: consumidores, oficinas automotivas, autocenter, etc., diretamente, pessoalmente, por telefone ou qualquer outro meio eletrônico?
Outros aspectos importantes podem ser considerados, especificamente pelo varejo, ainda que entenda ser difícil de executá-lo, mas, vejamos às questões:
a) Num raio de 5 km de sua loja, quantas oficinas mecânicas existem, quais tipos de consumidores possíveis existem nessa área; tipos de carros, novos e se usados, a idade mais ou menos, etc. As próprias oficinas podem ajudar nessa informação, baseadas nos carros que entram para serem consertados e ou até os consumidores que entram na loja a procura de alguma peça, podem ser consultados.
b) Qual é o montante de vendas que foi obtido nesse raio de ação?
c) Qual a influência dos concorrentes atuais e/ou futuros que vão surgir e que afetarão os negócios? Quais meios utilizam? Preços, rapidez nas entregas, maior estoque, mais diversificação de produtos? Já se faz sentir a interferência do E.Commerce nos meus negócios?
Se essas mínimas análises e percepções não forem levadas em conta, como mudanças de perspectivas pode-se fazer uma analogia de como se estivesse dirigindo um carro numa rodovia e andasse quilômetros e quilômetros sem perceber para onde está indo ou mesmo não sentir que está dirigindo o veículo como se fosse piloto automático.
Portanto, reconhecer que o mercado está mudando em suas exigências cada vez mais desafiadoras, e tentar buscar novos conhecimentos ou novas alternativas para não ficar com as mesmas atitudes, culpando isso ou aquilo, mas encontrar dentro da própria empresa os ajustamentos necessários.
Um dos pontos importante a ser considerado é o possível descontrole sobre o próprio capital de giro, isto é, descompasso entre excesso de estoque, prazo de venda maior que o prazo de compra, gerando desconcerto financeiro, provocando ao empresário buscar sempre mais recursos (endividamento), cujo custo nem sempre é considerado e distorce o resultado.
E, mais ainda, quando houver à necessidade de acompanhar a concorrência reduzindo a MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO (que é o percentual considerado para buscar a receita suficiente para pagar os custos, as despesas fixas e lucrar), alterará o Ponto de Equilíbrio antes projetado e, consequentemente, imporá a necessidade de ampliar as vendas. Se isso não ocorrer, precisará de mais recursos rápidos, para sustentar os custos e o desequilíbrio financeiro.
Normalmente, quando isso acontece, o empresário passa a atribuir esse desacerto, em cortar o consumo de luz, cafezinho, etc. e, principalmente, diminuir o quadro de colaboradores, quando, na realidade o problema poderá estar, exatamente, nessa desarmonia não percebida pelo empresário.
Bem, neste momento, queremos desejar aos empresários, colaboradores e aos profissionais MECÂNICOS, um FELIZ NATAL e um ANO NOVO, com muito amor e solidariedade e, que, as mudanças e considerações sejam repletas de sucessos!
29-11-2021